Beja: história, cultura e sabores no coração do Alentejo em Portugal.
- e-Vai Por Mim 🌍 Clau Parra
- 7 de mai.
- 4 min de leitura
Atualizado: 8 de mai.
Viajar por Portugal tem sido uma das formas mais intensas e reais de entender o que significa morar aqui. Mais do que visitar pontos turísticos, temos buscado sentir e conhecer o país – entender seus ritmos, sua história e sua essência. E foi com esse espírito que embarcamos numa escapadinha de dois dias pelo Alentejo, explorando Beja, Évora e Monsaraz. O objetivo principal era conhecer Évora mais de perto, uma cidade que há tempos me chamava atenção. E em nossa primeira parada fomos presenteados com história, arte e boa comida em Beja.
O Alentejo: tradição, sabores e alma portuguesa no sul do país
Localizado entre o sul de Lisboa e o norte do Algarve, o Alentejo é uma das regiões mais autênticas e encantadoras de Portugal. Conhecido por suas paisagens de campos dourados, vilarejos de casinhas brancas, vinhos premiados e forte gastronomia, o Alentejo encanta pela simplicidade e profundidade de suas tradições. Viajar por essa região é como fazer uma pausa no tempo onde a pressa não pode ter lugar — e cada cidade
parece guardar séculos de história em muralhas medievais, castelos, ruínas romanas e igrejas centenárias. Mas o Alentejo não é só cenário bonito: é também feito de gente acolhedora, que preserva com orgulho sua cultura e recebe o visitante como se fosse da casa. É aquele tipo de lugar que você visita e sai diferente, com o coração mais leve e a memória cheia de momentos bons. Confesso que fiquei encantada com tudo que vimos.
E Vai Por Mim, viajar por esta região é, sem dúvida, uma forma de sentir a verdadeira essência portuguesa. Vamos juntos?
Primeira Parada: Beja, no Alentejo e seu charme histórico
Nossa primeira parada foi Beja, uma cidade tranquila mas cheia de história, bem no coração do Alentejo. O centro histórico é pequeno, o que facilita explorar tudo a pé, e foi lá que começamos o dia mergulhando no passado.
Nossa visita começou com um mergulho na história antiga no Museu Visigótico de Beja, instalado na charmosa Igreja de Santo Amaro – um edifício que já foi uma basílica paleocristã e que hoje preserva traços da arquitetura dos séculos XV e XVI. O museu guarda a mais importante coleção visigótica de Portugal, o que rendeu à cidade o título de “Capital da Arte Visigótica”. As peças, muitas encontradas em Beja e arredores, mostram a riqueza arquitetónica e cultural desse período, com destaque para capitéis esculpidos, elementos religiosos e até uma espada de guerreiro, descoberta no início do século XX.
Dica prática:
O museu funciona de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 17h. Fecha aos fins de semana e feriados. A entrada custa 2€, embora no nosso caso não tenha sido cobrado.
Seguimos para um dos pontos altos (literalmente!) da cidade: o Castelo de Beja. Classificado como monumento nacional desde 1910, ele é um dos grandes ícones da região.
A Torre de Menagem, com 40 metros de altura, é uma das mais altas de Portugal e oferece uma vista incrível da cidade e das planícies alentejanas.
No mesmo complexo do castelo, visitamos também o Museu Jorge Vieira / Casa das Artes, que abriga uma coleção de obras do escultor Jorge Vieira. Bem ao lado, encontramos o Posto de Informações Turísticas de Beja, onde aproveitei para pegar alguns materiais que ajudaram a enriquecer ainda mais nosso roteiro. Por mais que tenhamos saído com tudo planejado, nada substitui as dicas e descobertas que só acontecem quando estamos no lugar não é verdade?
Dica prática:
O Castelo de Beja funciona todos os dias, das 9h30 às 18h, com pausa para almoço entre 12h30 e 14h. A entrada é gratuita, mas se quiser subir até a Torre de Menagem, o bilhete custa apenas 2€ – e vale cada um dos 168 degraus.
Outro destaque foi a Catedral Paroquial de Santiago Maior. Por fora, parece discreta, mas por dentro... que surpresa! O interior é ricamente decorado, com talhas douradas, azulejos azuis do século XVIII e obras de arte sacra que contam parte da história religiosa da cidade. O órgão de tubos gigantesco impressiona.
Já era hora do almoço e, na tranquilidade típica de Beja, encontramos algumas opções de restaurantes espalhadas pelo centro. Optamos por um bem tradicional, com nome curioso: "O Árbitro". Localizado na zona histórica, o restaurante é simples, com aquela decoração típica portuguesa e um ambiente acolhedor. Foi ali que o Ricardo descobriu que o dono, agora reformado, foi um árbitro de futebol bastante conhecido — e, claro, como as coincidências sempre encontram um jeitinho de nos alcançar, não demorou para engatarem numa boa conversa. Pra completar o clima, o senhor é um benfiquista daqueles bem apaixonados, o que garantiu ainda mais histórias à mesa.
Escolhemos pratos de peixe e carne, com sabores bem típicos da região. Tudo estava saboroso, bem servido e com ótimo custo-benefício — cerca de 15 euros por pessoa. Um achado simples, autêntico e cheio da alma alentejana. Valeu cada garfada! De lá, seguimos rumo à nossa próxima e tão esperada parada: Évora.
E se Beja nos encantou com sua história e atmosfera medieval, espera só até conhecer Évora e Monsaraz, onde cada lugar revela surpresas entre ruínas romanas e fortificações medievais — como se o tempo não tivesse passado. Nos próximos conteúdos, te levo por ruas de pedra, templos antigos e experiências como a famosa Capela dos Ossos em Évora ou a Fortaleza em Monsaraz, que deixaram nossa viagem ainda mais especial.
Vamos juntos?
Um abraço e até a próxima. (¬‿¬)
Clau Parra
Oi! Sou a Clau, mãe da Rafa e uma eterna apaixonada por explorar o mundo. Como turismóloga e marqueteira, vivo em busca de novas experiências, viagens e a arte de capturar momentos através da fotografia. Já percorri 4 continentes e minha bagagem está repleta de histórias e imagens inesquecíveis. Quero te levar para conhecer essas aventuras e compartilhar os insights que fazem cada viagem ser única. Vem comigo nessa jornada!
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