O que fazer em Évora: o coração do Alentejo em Portugal.
- e-Vai Por Mim 🌍 Clau Parra
- há 6 dias
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Évora a jóia do Alentejo. Património Mundial da UNESCO desde 1986, esta cidade-museu encanta com suas ruelas medievais, monumentos romanos e uma atmosfera diferente onde o tempo parece que parou. Pra quem gosta de história, Évora é um livro de história Portuguesa, literalmente a céu aberto e aqui vou te ajudar a sua visita e o que fazer em Évora.

O que fazer em Évora: principais atrações
Évora pulsa ao ritmo da sua praça central: a icónica Praça do Giraldo. É nela que a vida acontece — rodeada de cafés históricos, esplanadas convidativas e lojas típicas, convidam o visitante a percorrer por todas elas. Num dos seus extremos ergue-se a imponente Igreja de Santo Antão, com a sua beleza discreta, guardando histórias que atravessam séculos. A fonte central em mármore, datada do século XVI, completa o cenário e convida a parar, observar e simplesmente viver Évora. Ahhhh.....que linda que ela é!

Capela dos Ossos e Igreja de São Francisco
Saímos de Beja em direção a Évora e, assim que chegámos à cidade, seguimos diretamente para a enigmática Capela dos Ossos que fica anexada a Igreja de São Francisco, movidos pela curiosidade e pelas descrições intensas que tinha lido antes da viagem. Mas a verdade também é que estava previsto chuva para o dia seguinte, então decidimos fazer os principais atrativos logo na chegada a cidade.
A visita à Capela dos Ossos faz parte de um complexo museológico localizado dentro da Igreja de São Francisco, um dos edifícios mais emblemáticos de Évora. O acesso é feito através de um bilhete único, que permite conhecer não apenas a Capela dos Ossos, mas também outros espaços culturais que integram o circuito: a Sala do Capítulo e Presépio de Évora, o Núcleo Museológico de Arte Sacra, a Sala da Tribuna Real, a Sala Multimídia, o Terraço da Galilé e ainda a belíssima Coleção de Presépios Canha da Silva. O ingresso custa 6€ para adultos, 4€ para jovens até 25 anos, maiores de 65, pessoas com deficiência e acompanhantes. Há também uma opção família por 15€ (2 adultos + jovens) e entrada gratuita para crianças menores de 12 anos. Uma experiência completa e muito bem estruturada.
Começamos pela capela, e impressiona — pela história, pela atmosfera singular e, sobretudo, pela mensagem que ecoa entre as paredes forradas de ossos. Sim....ossos e mais ossos. A luz natural entra por três pequenas frestas laterais, criando um ambiente escuro, silencioso e profundamente contemplativo.

Logo na entrada, a frase:
“Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos.”
E é nesse clima sombrio e reflexivo que a visita começa. No entanto, confesso: esperava mais emoção. Talvez a antecipação criada pelos conteúdos que eu li tenham elevado demais as minhas expectativas...rs. A experiência foi interessante, sim, mas os conteúdos que consultei antes de ir mostraram muito mais generosos do que aquilo que encontrei ao vivo e a cores (nem tantas cores assim...rsrs)
É um dos lugares mais impressionantes e simbólicos de Portugal. Construída no século XVII por três frades franciscanos, foi idealizada como um convite à reflexão sobre a transitoriedade da vida humana.
A capela tem as paredes e colunas revestidas por quase cinco mil esqueletos, entre ossos e crânios vindos de antigos cemitérios monásticos que, no século XVI, ocupavam um espaço excessivo na cidade. Como solução, os monges retiraram os ossos do solo e os utilizaram para construir e “decorar” a capela.
O que se torna um lugar impactante e deixa uma marca em quem visita. Vale a visita e viver essa experiência! Seguindo pelo complexo conventual, acessamos o Núcleo Museológico, com obras de 2014-2015, espaço do antigo dormitório dos frades. A Coleção de presépios Canha da Suilva, com duas galerias repleta de mini presépios, naiconais e internacionais de inúmeros artesãos, variadas composicoes e diferentes mateirais. Realmente muito lindo e interessante. E sim, havia do Brasil feito com palha de milho, conforme a foto abaixo.
Depois da vista ao complexo , seguimos explorando Évora a pé pelas ruelas de pedra do centro histórico.

Templo Romano de Évora e Sé Catedral
Nossa próxima parada foi o famoso Templo Romano de Évora, um dos monumentos mais icônicos da cidade — e de Portugal. Apesar de muitas vezes ser chamado de "Templo de Diana", não existe evidências de que tenha sido dedicado a essa deusa. Construído no século I d.C., o templo impressiona pela conservação das colunas coríntias, que permanecem forte, mesmo com quase dois mil anos de história. No entorno um pequeno jardim e com a Sé Catedral logo atrás, o lugar é perfeito para fotos e um café no jardim. Dica: se for possível, visite o templo à noite, iluminado é simplesmente incrível. Pena que pra nós não foi possível.

A Sé Catedral de Évora chama a atenção com sua mistura de estilos gótico, românico e barroco. É a maior catedral medieval de Portugal! Uauuuuuu
Subimos até o terraço e fomos recompensados com uma vista panorâmica incrível da cidade e da planície alentejana. Vale muito a pena!

Onde ficar em Évora: nossa experiência na Quinta da Amendoeira

Durante nossa visita a Évora, optamos por uma hospedagem com clima rural, acolhedora e super charmosa: a Quinta da Amendoeira. Um verdadeiro achado! A proposta é de um farmhouse moderno, rodeado por natureza, com estrutura excelente para quem quer descansar e, ao mesmo tempo, ter autonomia durante a estadia.
Eles são pet friendly — não levamos a Zoe desta vez, mas adoramos saber que ela seria

bem-vinda numa próxima visita. Os quartos são espaçosos e bem equipados, com frigobar, fogão elétrico, panelas, pratos e utensílios — tudo organizadinho, ideal para quem deseja preparar refeições e economizar com restaurantes.
Quando fomos, o restaurante da propriedade estava fechado para reformas, então saímos para jantar na cidade. Mas soubemos que a gastronomia local ali é bem interessante, com pratos típicos da região e uma carta de vinhos bem selecionada, valorizando os rótulos alentejanos. Com certeza queremos voltar para viver essa experiência completa.
Informações úteis para visitar Évora
Melhor época para visitar:
A primavera (abril a junho) e o início do outono (setembro e outubro) são ideais. O clima é agradável, com dias ensolarados e temperaturas mais amenas — perfeito para caminhar pelo centro histórico sem o calor intenso do verão alentejano.
Como chegar:
Évora fica a cerca de 1h30 de Lisboa de carro, com acesso fácil pela autoestrada A6. Também é possível chegar de trem ou ônibus, mas alugar um carro pode ser uma boa escolha se quiser explorar a região com mais liberdade. De Portimão até Évora são aproximadamente 230 km, e a viagem de carro leva em torno de 2h30 a 3h, dependendo do trânsito e do percurso escolhido. O trajeto mais comum é pela A2, depois A6, com estradas em excelente estado (portagens/pedágios ao longo do caminho). É uma viagem tranquila, ideal para quem vem do Algarve e quer explorar o Alentejo com conforto.
Estacionamento:
O centro histórico tem zonas de acesso restrito, então o ideal é deixar o carro em um dos estacionamentos públicos nas redondezas, como o Parque da Rua da República ou o Parque Rossio de São Brás.
Roupas e calçado:
Use roupas leves (principalmente no verão) e sapatos confortáveis, pois Évora tem muitas ruas de pedra e ladeiras. Chapéu e protetor solar também são ótimos aliados!
Tempo ideal de visita:
Para conhecer bem os principais pontos turísticos com calma, recomendamos pelo menos 2 dias inteiros. Dá tempo de visitar os monumentos, caminhar pelo centro, experimentar a gastronomia e ainda incluir uma vinícola ou passeio nos arredores.
Curiosidade:
Évora é considerada Patrimônio Mundial da UNESCO desde 1986 — um título mais que merecido por sua riqueza histórica, arquitetônica e cultural.

Encerrar o dia em Évora é como fechar um capítulo de um livro histórico — repleto de arte, arquitetura, sabores e memórias que ficam na memória. A cidade surpreende não só pelos seus monumentos, mas pela atmosfera e o ritmo tranquilo de cidade do inteiror. Depois de uma boa noite de descanso na Quinta da Amendoeira, seguimos viagem rumo a um dos lugares mais mágicos de todo o Alentejo: a vila medieval de Monsaraz. Mas isso… é assunto para o próximo capítulo!
Vamos juntos?
Um abraço e até a próxima. (¬‿¬)
Clau Parra

Oi! Eu sou a Clau, mãe da Rafa. Sou turismóloga, marqueteira e apaixonada por descobrir o mundo em
todas as suas formas. Viajar é se perder por ai, e é a melhor forma de se encontrar. Já passei por 4 continentes e, em cada canto, trouxe comigo uma nova forma de ver a vida.
Aqui, quero te inspirar com essas histórias, compartilhar dicas sinceras, bastidores das viagens e reflexões de quem vive o turismo como profissão e essência.
Se você ama viajar com propósito e acredita que cada destino tem algo especial a ensinar, vem comigo nessa jornada!
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